segunda-feira, 11 de abril de 2011

Características das diferentes memórias RAM. Saiba diferenciar os soquetes e as tecnologias para especificar de forma correta.

Os termos sobre memória RAM comumente geram confusão, principalmente quando nossa primeira fonte de conhecimento sobre o assunto sejam algumas vezes vendedores de informática que tentam vender o peixe sem utilizar-se dos termos corretos, fazendo parte do famoso “enrolation”.

Afine o seu conhecimento com as informações aqui colocadas à sua disposição.
Vamos começar definindo memória RAM. RAM, Random Access Memory, ou, Memória de Acesso Aleatório, é um componente essencial do sistema de processamento do computador e de qualquer dispositivo eletrônico que se utilize de processamento. Sua função é trabalhar em parceria com o processador, armazenando dados que estão sendo processados com um tempo de acesso muito menor do que os discos rígidos, HDs. Os dados são copiados das unidades de armazenamento como HDs e DVDs para a memória RAM e à medida que vão sendo modificados durante a comunicação com o processador, são salvos novamente nos dispositivos mais lentos. Como desvantagem, perde os dados quando se desliga o fornecimento de energia do micro.

Vamos explicar agora dois termos: SRAM (Static RAM) e DRAM (Dynamic RAM). A nossa convencional memória RAM, que “espetamos” em nossos micros é uma DRAM. Existe uma memória que é ainda mais rápida que a DRAM, com tempo de acesso muito menor, chamada de SRAM ou memória cache. Nos processadores atuais é encontrada dentro do núcleo do processador, sendo que há 10 anos ficava montada na placa-mãe (motherboard - mobo) e sua freqüência se limitava à freqüência externa (FSB – front side bus) da placa-mãe de 66, 100 ou 133MHz, bem mais lento do que encontramos hoje pois trabalham atualmente na mesma freqüência do processador.

A SRAM é muito mais cara que a DRAM porque ela é construída com quantidade bem maior de transistores, dois para leitura e gravação e outro conjunto para formar a célula de armazenamento de impulso elétrico, o bit.
A DRAM contém apenas um transistor e um capacitor por bit, mas o capacitor mantém o bit por apenas alguns milissegundos, por isso essa memória tem um sistema de refresh, que regrava seu conteúdo várias vezes por segundo, o que aumenta o tempo de acesso, o consumo de energia e a dissipação de calor.
Diferenciamos até agora as memórias dinâmicas das estáticas. Vamos verificar agora outros dois termos SIMM e DIMM, e começaremos a perceber que são categorias que devem ser utilizadas em conjunto ao descrever o tipo de uma memória RAM.
Os termos SIMM (Single In Line Memory Module) e DIMM (Double In Line Memory Module) referem-se ao tipo de socket, o formato do suporte onde é encaixada a memória RAM. Todos os sistemas atuais utilizam soquete DIMM, que é aquele de encaixe reto. Antigamente, no tempo dos 486 e dos primeiros Pentium e K6, o soquete mais utilizado era o SIMM.
Eram fabricados os módulos de memória SIMM 30 vias e SIMM 72 vias.
Os módulos SIMM 30 vias transferem 8 bits por ciclo. Para fazer um 386SX (16bits) funcionar eram necessários dois pentes de memória SIMM 30 vias. Para os 386DX e 486 era necessário preencher o banco com 4 memórias de 8 bits cada para se obter 32 bits de dados por ciclo.

Os módulos SIMM 72 vias foram uma evolução e se tornaram padrão rapidamente, pois transferiam 32 bits por ciclo, sendo necessário apenas um pente para o 486 e dois pentes para o Pentium (64bits).
Atualmente, como já foi dito, todos os módulos são DIMM (64bits) e é necessário apenas um pente para os processadores atuais. Existe uma tecnologia chamada dual-channel que permite usar os pares para o acesso a 128 bits, aumentando a velocidade, mas não é impedimento se utilizar um pente isolado DIMM 64bits.
Agora que sabemos sobre os formatos, vamos falar das tecnologias presentes para cada formato de memória.
Para as SIMM de 30 e 72 vias existia a tecnologia FPM, Fast Page Module, com tempo de acesso de 70ns e utilizada nos 386 e 486 que, sem entrar nos detalhes técnicos, era mais rápida que o primeiro tipo criado e utilizado nos 286, chamadas de memórias regulares.
Para as SIMM de 72 vias foi desenvolvida, após o FPM, a tecnologia EDO, Extended Data Output, com tempo de acesso de 60ns e que trouxe melhorias significativas de velocidade. Aqui é importante ressaltar que para garantir estabilidade ao sistema é necessário a utilização de pares indênticos desse tipo de memória, mesmo fabricante e tecnologia.
Para os soquetes DIMM, no início criou-se a tecnologia SDRAM, Synchronous Dynamic RAM, ou simplesmente SDR, que trabalham sem tempos de espera em sincronia com a placa-mãe diminuindo ainda mais o tempo de acesso em relação às EDO. Os modelos de memórias SDR são classificados de acordo com a freqüência de utilização, podendo ser PC66, PC100 ou PC133.
Seguindo temos a tecnologia DDR que utiliza dos mesmos princípios da SDR, mas o seu novo truque é possibilitar a transferência de dois dados por ciclo de clock.

Veja a seguinte tabela relacionando a velocidade teórica obtida com a transferência de dois dados por ciclo, a velocidade real de operação e o modelo da memória:

DDR-200 (100 MHz) = PC1600
DDR-266 (133 MHz) = PC2100
DDR-333 (166 MHz) = PC2700
DDR-400 (200 MHz) = PC3200
DDR-466 (233 MHz) = PC3700
DDR-500 (250 MHz) = PC4000 

Agora temos a disposição a tecnologia DDR2 que novamente duplica a quantidade de dados transferidos por ciclo de clock, veja na tabela:


DDR2-533 (133 MHz) = PC2-4200
DDR2-667 (166 MHz) = PC2-5300
DDR2-800 (200 MHz) = PC2-6400
DDR2-933 (233 MHz) = PC2-7500
DDR2-1066 (266 MHz) = PC2-8500
DDR2-1200 (300 MHz) = PC2-9600
Para finalizar verificamos que uma memória DDR, por exemplo, na verdade é uma memória DIMM, pois é de encaixe reto e também é uma DRAM, pois necessita de refresh para manter os dados gravados, então devemos unir os termos para especificar este componente e não usar termos isolados.











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