sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Disco rígido ‘verde’
Seagate Barracuda LP desacelera para economizar energia
Há uma regra geral com discos rígidos: gire mais rápido, tenha melhor desempenho, use mais energia. Discos rígidos “verdes” seguem o caminho oposto: giram mais devagar e usam menos energia. É o caso do novo Barracuda LP, da Seagate.
Sua taxa de RPM é de 5.900 RPM – entre os padrões para drives de laptops (5.400 RPM) e desktops (7.200 RPM). Essa redução de 18% na velocidade é o meio pelo qual ele consegue a maior parte da economia de energia em relação a discos comuns. O que significa que ele combina menos com a sua configuração gaming de alta performance do que com um NAS ou um PC simplesmente dedicado a armazenamento de mídia.Sinceramente preferimos acreditar na evolução dos discos SSD (memória flash) que hoje são utilizados em soluções menores como netbooks (além é claro de pendrives) mas que se acredita poderão substituir os atuais HDDs em breve, trazendo maior desempenho, segurança e redução no consumo de energia.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Fique atento porque seu computador pode estar morrendo de inanição. CPUs, placas gráficas e outros componentes têm apetite voraz por potência, e uma fonte de alimentação sobrecarregada pode causar problemas de desempenho, congelamentos repentinos devido a falhas de memória e até morte prematura por superaquecimento.

Quando acrescenta memória, uma segunda unidade de disco ou uma placa aceleradora gráfica de alta performance ao sistema, você se arrisca a sobrecarregá-lo. Até mesmo um equipamento com configuração média pode ser pressionado por um upgrade exigente: a placa gráfica GeForce 6800 Ultra, da NVidia, por exemplo, chega a consumir mais de 100 watts nos momentos de pico, deixando gravemente subnutrido um sistema equipado com uma fonte de alimentação de 300 watts ou menos.

PEGUE A CALCULADORA

Para calcular a potência exigida por seu equipamento, some os requisitos de wattagem de cada um de seus componentes e depois acrescente uma margem de segurança de 30%. A tabela mostra o consumo de energia típico de componentes comuns. Para obter uma lista mais detalhada, use a calculadora de wattagem (Power Wattage Calculator), disponível no site JS Custom PCs (www.jscustompcs.com/power_supply). Compare o total com o índice de wattagem máximo da fonte de alimentação, que deve estar impresso em sua parte externa. O índice também pode ser encontrado no manual do computador ou no web site do fornecedor da unidade.

Se o número de watts de que sua máquina necessita (mais a margem de segurança de 30%) for inferior ao índice de wattagem máximo da fonte de alimentação, seu sistema está alimentado adequadamente. Entretanto, os números de wattagem não dizem tudo.

Componentes diferentes requerem que a energia seja fornecida em voltagens diferentes: 3,3V, 5V ou 12V. Se eletricidade fosse água, os fluxos de voltagem corresponderiam a um conta-gotas, uma torneira e uma mangueira de incêndio de alta pressão. Os componentes atuais ávidos por energia precisam mais de 12V de energia do que o hardware antigo – a fonte de alimentação tem de fornecer corrente 12V adequada.

A capacidade de uma fonte de alimentação de fornecer 12V é medida em ampères. As especificações devem informar os ampères que o produto pode fornecer a 12V, 5V e 3,3V. Mas é difícil somar os requisitos de energia 12V de cada componente. Os fornecedores raramente publicam esses dados e alguns componentes utilizam energia em mais de uma voltagem. Uma unidade de disco, por exemplo, pode usar 12V para girar seus discos e 5V para operar o conjunto de circuitos dos discos.

Obtenha mais informações para calcular os requisitos de voltagem de seu equipamento neste site (em inglês).



NA DOSE CERTA

Para trocar a fonte de alimentação, desconecte o cabo de energia do computador, aterre a si mesmo com uma pulseira antiestática ou tocando em um cano de água ou outro objeto aterrado e abra o gabinete. Desconecte os fios da fonte de alimentação que estão ligados à placa-mãe e a outros componentes, remova os parafusos que a prendem no lugar e puxe-a. Depois, inverta o processo para instalar a nova unidade.

Não seja avarento: os componentes de seu computador precisam de energia consistente, sem distorções ou ruídos. Fontes de alimentação muito baratas estão mais sujeitas a flutuações de voltagem do que modelos de custo mais alto. Você poupará tempo e dinheiro no longo prazo se pagar por uma unidade de um fabricante confiável.

ATENÇÃO AO ENCAIXE

Também procure obter o encaixe perfeito. A maioria dos desktops fabricados nos últimos seis anos segue o estilo de gabinete ATX ou do SFX, que é menor. Se você não tem certeza de qual tipo de gabinete possui, consulte o manual do seu computador ou remova a fonte e alimentação antiga e certifique-se de que as medidas da nova sejam as mesmas.

Outro detalhe é que a nova fonte de alimentação precisa ter os mesmos conectores da antiga, mais os conectores exigidos para futuras atualizações. Observe que os conectores das placas-mãe ATX podem ter 20 ou 24 pinos. Novamente, procure a informação no manual ou no site do fabricante do componente.

WATT MAIS WATT

Some as necessidades de potência de cada componente e depois acrescente 30% como margem de segurança:

Componente                                                                             Watts

CPU

AMD Athlon 64/64 FX                                                            90–110
AMD Thunderbird                                                                      50–60
AMD Athlon XP                                                                         50–80
AMD Duron                                                                                40–60
Intel Pentium 4                                                                           60–100
Intel Pentium III                                                                           25–40
Intel Celeron                                                                                30–60

Placa gráfica

Básica                                                                                                25
Alta performance                                                                      35–100+

Outros

Placa-mãe                                                                                    18-28

Unidade óptica                                                                             25-35

Unidade de disco                                                                               25

Módulo de memória (cada)                                                             7-12

Dispositivo USB/FireWire sem alimentação própria                         5-10

Placa de som PCI                                                                                 5

Placa PCI adicional                                                                               5

Unidade de disco flexível                                                                       3

Ventoinha                                                                                             6

Teclado e mouse                                                                           18-28

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Um HD utiliza discos finos chamados pratos (platters) revestidos por um material magnético que armazena informações. Os pratos são perfurados no seu centro por onde passa um eixo de giro (spindle). Os pratos rodam graças a um motor localizado no eixo de giro. As cabeças do disco são dispositivos de escrita/leitura na mídia magnética e são montados sobre braços que realizam a locomoção das cabeças aos pontos a serem lidos na mídia magnética. O conjunto de braços do disco é montado em uma peça única chamada acionador (actuator).
========================================================================
Quando o computador é ligado, o POST (Power-on Self Test), um pequeno programa gravado em um chip de memória ROM na placa-mãe, que tem a função de “dar a partida”, tentará inicializar o sistema operacional. Independentemente de qual sistema de arquivos se esteja usando, o primeiro setor do disco rígido será reservado para armazenar informações sobre a localização do sistema operacional, que permitem ao BIOS "achá-lo" e iniciar seu carregamento.
No setor de boot é registrado onde o sistema operacional está instalado, com qual sistema de arquivos o disco foi formatado e quais arquivos devem ser lidos para inicializar o computador. Um setor é a menor divisão física do disco, e possui na grande maioria das vezes 512 Bytes (nos CD-ROMs e derivados é de 2048 Bytes). Um cluster, também chamado de agrupamento, é a menor parte reconhecida pelo sistema operacional, e pode ser formado por vários setores. Um arquivo com um número de bytes maior que o tamanho do cluster, ao ser gravado no disco, é distribuído em vários clusters. Porém, um cluster não pode pertencer a mais de um arquivo. Um único setor de 512 Bytes pode parecer pouco, mas é suficiente para armazenar o registro de boot devido ao seu pequeno tamanho. O setor de boot também é conhecido como "trilha MBR", "trilha 0' etc. Como dito, no disco rígido existe um setor chamado Trilha 0, geralmente (só em 99.999% das vezes[carece de fontes?]) está gravado o (MBR) (Master Boot Record), que significa "Registro de Inicialização Mestre", um estilo de formatação, onde são encontradas informações sobre como está dividido o disco (no sentido lógico)e sobre a ID de cada tabela de partição do disco, que dará o boot. O MBR é lido pelo BIOS, que interpreta a informação e em seguida ocorre o chamado "bootstrap", "levantar-se pelo cadarço", lê as informações de como funciona o sistema de arquivos e efetua o carregamento do sistema operacional. O MBR e a ID da tabela de partição ocupam apenas um setor de uma trilha, o restante dos setores desta trilha não são ocupados, permanecendo vazios, servindo como área de proteção do MBR. É nesta mesma área que alguns vírus (Vírus de Boot) se alojam.
Disquetes, Zip-disks e CD-ROMs não possuem MBR; no entanto, possuem tabela de partição, no caso do CD-ROMs e seu descendentes (DVD-ROM, HDDVD-ROM, BD-ROM...) possuem tabela própria, podendo ser CDFS (Compact Disc File System) ou UDF (Universal Disc Format) ou, para maior compatibilidade, os dois; já os cartões de memória Flash e Pen-Drives possuem tabela de partição e podem ter até mesmo MBR, dependendo de como formatados. O MBR situa-se no primeiro setor da primeira trilha do primeiro prato do HD (setor um, trilha zero, face zero, prato zero). O MBR é constituído pelo bootstrap e pela tabela de partição. O bootstrap é o responsável por analisar a tabela de partição em busca da partição ativa. Em seguida, ele carrega na memória o Setor de Boot da partição. Esta é a função do bootstrap.
A tabela de partição contém informações sobre as partições existentes no disco. São informações como o tamanho da partição, em qual trilha/setor/cilindro ela começa e termina, qual o sistema de arquivos da partição, se é a partição ativa; ao todo, são dez campos. Quatro campos para cada partição possível (por isso, só se pode ter 4 partições primárias, e é por isso também que foi-se criada a partição estendida...), e dez campos para identificar cada partição existente. Quando acaba o POST, a instrução INT 19 do BIOS lê o MBR e o carrega na memória, e é executado o bootstrap. O bootstrap vasculha a tabela de partição em busca da partição ativa, e em seguida carrega na memória o Setor de Boot dela. A função do Setor de Boot é a de carregar na memória os arquivos de inicialização do sistema operacional. O Setor de Boot fica situado no primeiro setor da partição ativa.
1 - Prato, midia ou platter - aonde os dados são gravados
2 - Atuador ou actuator - parte mecânica responsável pelo posicionamento das cabeças de leitura e  gravação.
3 - Componentes internos de controle do atuador, ligados a placa controladora lógica externa
4 - Cabeças de leitura e gravação ou magnetic heads - conectadas ao atuador, responsaveis pela leitura e gravação de dados na mídia
5 e 6 - Hard Disk Assembly superficie aonde são montados os componentes de um hard disk
7 - Placa controladora lógica ou logic board - responsavel pela inicialização, controle mecânico e envio de dados do hard disk para o computador.
8 - Conectores externos padrão IDE - conexão por onde são enviados os dados para a placa-mãe e consequentemente ao processador
A capacidade de um disco rígido atualmente disponível no mercado para uso doméstico/comercial varia de 10 a 2000 GB, assim como aqueles disponíveis para empresas, de até 2 TB. O HD evoluiu muito. O mais antigo possuía 5 MB (aproximadamente 4 disquetes de 3 1/2 HD), sendo aumentada para 30 MB, em seguida para 500 MB (20 anos atrás), e 10 anos mais tarde, HDs de 1 a 3 GB. Em seguida lançou-se um HD de 10 GB e posteriormente um de 15 GB. Posteriormente, foi lançado no mercado um de 20 GB, até os atuais HDs de 60GB a 1TB. As empresas usam maiores ainda: variam de 40 GB até 2 TB, mas a Seagate informou que em 2010 irá lançar um HD de 200 TB (sendo 50 TB por polegada quadrada, contra 70 GB dos atuais HDs)[carece de fontes?].




As indústrias consideram 1 GB = 1000 * 1000 * 1000 bytes, pois no Sistema Internacional de Unidades(SI), que trabalha com potências de dez, o prefixo giga quer dizer * 10003 ou * 109 (bilhões), enquanto os sistemas operacionais consideram 1 GB = 1024 * 1024 * 1024 bytes, já que os computadores trabalham com potências de dois e 1024 é a potência de dois mais próxima de mil. Isto causa uma certa disparidade entre o tamanho informado na compra do HD e o tamanho considerado pelo Sistema Operacional, conforme mostrado na tabela abaixo. Além disso, outro fator que pode deixar a capacidade do disco menor do que o anunciado é a formatação de baixo nível (formatação física) com que o disco sai de fábrica.



Informado na Compra                                    Considerado pelo Sistema


          10 GB                                                                9,31 GB

          15 GB                                                              13,97 GB

          20 GB                                                              18,63 GB

          30 GB                                                               27,94 GB

          40 GB                                                               37,25 GB

          80 GB                                                               74,53 GB

        120 GB                                                             111,76 GB

        160 GB                                                             149,01 GB

        200 GB                                                             186,26 GB

         250 GB                                                            232,83 GB

         300 GB                                                            279,40 GB

         500 GB                                                            465,66 GB

         750 GB                                                            698,49 GB

              1 TB                                                            931,32 GB

           1.5 TB                                                         1.396,98 GB

              2 TB                                                         1.862,64 GB

           2.5 TB                                                         2.328,30 GB
O primeiro disco rígido foi construído pela IBM em 1957, e foi lançado em 14 de Setembro de 1956 [1]. Era formado por 50 discos magnéticos contendo 50 000 setores, sendo que cada um suportava 100 caracteres alfanuméricos, totalizando uma capacidade de 5 megabytes, incrível para a época. Este primeiro disco rígido foi chamado de 305 RAMAC (Random Access Method of Accounting and Control) e tinha dimensões de 152,4 centímetros de comprimento, 172,72 centimetros de largura e 73,66 centímetros de altura.[1] Em 1973 a IBM lançou o modelo 3340 Winchester, com dois pratos de 30 megabytes e tempo de acesso de 30 milissegundos. Assim criou-se o termo 30/30 Winchester (uma referência à espingarda Winchester 30/30), termo muito usado antigamente para designar HDs de qualquer espécie. Ainda no início da década de 1980, os discos rígidos eram muito caros e modelos de 10 megabytes custavam quase 2 mildólares americanos, enquanto em 2009 compramos modelos de 1.5 terabyte por pouco mais de 100 dólares. Ainda no começo dos anos 80, a mesma IBM fez uso de uma versão pack de discos de 80 megabytes, usado nos sistemas IBM Virtual Machine. Os discos rigidos foram criados originalmente para serem usados em computadores em geral. Mas no século 21 as aplicações para esse tipo de disco foram expandidas e agora são usados em câmeras filmadoras, ou camcorders nos Estados Unidos; tocadores de música como Ipod, mp3 player; PDAs; videogames, e até em celulares. Para exemplos em videogames temos o Xbox360 e o Playstation 3, lançados em 2005 e 2006 respectivamente, com esse diferencial, embora a Microsoft já tivesse lançado seu primeiro Xbox (em 2001) com disco rígido convencional embutido. Já para celular os primeiros a terem esse tecnologia foram os da Nokia e da Samsung[2]. E também devemos lembrar que atualmente o disco rigido não é só interno, existem também os externos, que possibilitam o transporte de grandes quantidades de dados entre computadores sem a necessidade de rede.
Fonte: Winkipédia
O HD é o principal dispositivo onde os arquivos são gravados.
O HD (hard disc) é composto por vários braços que acessam discos magneticamente.Quem usa bastante seu computador (com windows), instalando e deletando arquivos precisa fazer uma manutenção periódicas do seu HD (disco rígido), porque devido a quedas de energia ou problemas do próprio HD, podemos vir a perder partes de arquivos (arquivo corrompido), que se acontecer com um arquivo do sistema ele pode nem iniciar mais. Os principais programas de manutenção que devem ser usandos pelo menos uma vez por mes são:
•Scandisc = procura por erros nos arquivos e pastas e, se possível, conserta
•Desfragmentador = procura por partes dos arquivos e regrava juntando as partes para tornar o acesso a esses arquivos o mais rápido possível.
Esses programas estão disponíveis em:
meu computador / botão direito no disco / escolha propriedades / escolha ferramentas
O scandisc tem duas formas de operar:
•rápida = faz uma checagem nos erros e corrige;
•completa (demorada) = procura por erros no HD (chamados badblocks), e marca esses erros para que não sejam mais usados, caso existam muitos erros seu HD deixa de ser confiável sendo melhor trocá-lo.
O desframentador vai checar o nível de fragmentação e recomendar se precisa ser usado.Note que quanto mais espalhados os arquivos no HD mais demora para o sistema juntá-lo e mostrá-lo quando você precisa, com algum tempo o sistema vai ficando uma carroça, os sistemas mais atuais como o linux já automaticamente desfragmentam e fazem scandisc (no linux chamado fsck).Se seu HD é velho ou dá erros estranhos na inicialização, podemos recorrer a outro computador e colocar o HD nele para realizar a manuteção e aproveitar para copiar os arquivos importantes (backup), pois o seguro morreu de velho.
Também chamado de condensador, ele é um dispositivo de circuito elétrico que tem como função armazenar cargas elétricas e conseqüente energia eletrostática, ou elétrica. Ele é constituído de duas peças condutoras que são chamadas de armaduras. Entre essas armaduras existe um material que é chamado de dielétrico. Dielétrico é uma substância isolante que possui alta capacidade de resistência ao fluxo de corrente elétrica. A utilização dos dielétricos tem várias vantagens. A mais simples de todas elas é que com o dielétrico podemos colocar as placas do condutor muito próximas sem o risco de que eles entrem em contato. Qualquer substância que for submetida a uma intensidade muito alta de campo elétrico pode ser tornar condutor, por esse motivo é que o dielétrico é mais utilizado do que o ar como substância isolante, pois se o ar for submetido a um campo elétrico muito alto ele acaba por se tornar condutor. Os capacitores são utilizados nos mais variados tipos de circuitos elétricos, nas máquinas fotográficas armazenando cargas para o flash, por exemplo. Eles podem ter o formato cilíndrico ou plano, dependendo do circuito ao qual ele está sendo empregado.
Capacitância
É denominada capacitância C a propriedade que os capacitores têm de armazenar cargas elétricas na forma de campo eletrostático, e ela é medida através do quociente entre a quantidade de carga (Q) e a diferença de potencial (V) existente entre as placas do capacitor, matematicamente fica da seguinte forma:
No Sistema Internacional de Unidades a unidade de capacitância é o farad (F), no entanto essa é uma medida muito grande e que para fins práticos são utilizados valores expressos em microfarads (μF), nanofarads (nF) e picofarads (pF). A capacitância de um capacitor de placas paralelas, ao ser colocado um material dielétrico entre suas placas, pode ser determinado da seguinte forma:
Onde:
εo é a permissividade do espaço;
A é a área das placas;
d é a distância entre as placas do capacitor.
Transistor


Um TRANSISTOR é um componente de estado sólido (solid-state) de três ou mais elementos que amplifica através do controle do fluxo de portadoras de corrente entre os seus materiais semicondutores.

Os TRÊS ELEMENTOS DE UM TRANSISTOR são (1) o EMISSOR, o qual fornece as portadoras de corrente, (2) a BASE que controla as portadoras, e, (3) o COLETOR que recebe as portadoras.





Os dois TIPOS BÁSICOS DE TRANSISTORES são NPN e PNP. A única diferença na simbologia entre os dois tipos de transistor é a direção da seta no emissor. Se a seta aponta para o emissor, é um transistor PNP, se apontar para fora do EMISSOR, então é um transistor NPN.
Os quarto PROCESSOS DE FABRICAÇÃO DE TRANSISTORES são (1) contato por pontos, (2) junção cultivada, ou junção criada por cadência de crescimento, (3) liga ou junção fundida e (4) junção difusa.





A POLARIZAÇÃO ADEQUADA DE UM TRANSISTOR possibilita ao transistor ser utilizado como um amplificador. Para funcionar nesta condição a junção emissor-para-base do transistor é polarizada diretamente, enquanto que a junção base-para-coletor está em polarização reversa. OPERAÇÃO NPN DE TRANSISTOR é basicamente a ação de uma voltagem relativamente pequena de polarização emissor-base, controlando uma corrente emissor-para-coletor relativamente alta.

OPERAÇÃO PNP DE TRANSISTOR é basicamente a mesma que a operação NPN, exceto que a maioria das portadoras de corrente são vazias e as baterias de polarização são reversas. AMPLIFICAÇÃO é o processo de aumento da força de um sinal. Um AMPLIFICADOR é o componente que prove amplificação sem alteração significativa do sinal original. O TRANSISTOR AMPLIFICADOR BÁSICO amplifica pela produção de uma grande mudança de corrente no coletor para uma pequena mudança na corrente da base. Essa ação resulta em amplificação de voltagem porque o resistor de carga colocado em série com o coletor reage à essas grandes mudanças na corrente do coletor, o qual, por sua vez, resulta em grandes variações na voltagem de saída.

Resistores

Os resistores são componentes que apresentam resistência à passagem da corrente elétrica. Um resistor (chamado de resistência em alguns casos) é um dispositivo elétrico muito utilizado em eletrônica, com a finalidade de transformar energia elétrica em energia térmica (efeito joule), a partir do material empregado que pode ser por exemplo o carbono.
Um resistor ideal é um componente com uma resistência elétrica que permanece constante independentemente da tensão ou corrente elétrica que circular pelo dispositivo.
Os resistores podem ser fixos ou variáveis. Neste caso são chamados de potenciômetros (ou reostatos).O valor nominal é alterado ao girar um eixo ou deslizar uma alavanca.
O valor de um resistor de carbono pode ser facilmente determinado de acordo com as cores que apresenta na cápsula que envolve o material resistivo, ou então usando um instrumento denominado ohmímetro.
Resistência
Os obstáculos impostos ao movimento eletrônico, conforme discussão qualitativa acima, são todos representados por uma propriedade mensurável, denominada resistência, e definida pela relação:
onde, R = Resistência, V = Diferença de potencial aplicado (ou tensão), I = Corrente que circulará
Exemplo: Uma resistência submetida a uma tensão de 110Volts, na qual circula uma corrente de 10 A possui o valor de: R = 110 / 10 = 11 ohms
FÓRMULA = R = V / I
A queda de tensão determinada por uma resistência R sob uma corrente I que a atravessa é:
Exemplo: Sendo R = 100 ohms e I = 2,5 Ampéres, podemos determinar que V = 100 . 2,5 = 250 Volts
FÓRMULA = V = R * I
A corrente que passa por uma resistência R sob diferença de potencial V conhecidos, é:
Exemplo: Sendo a diferença de potencial V = 110 Volts e a resistência R = 20 ohms, temos que a corrente que percorre a resistência é igual a I = 110 / 20 = 5,5 Ampéres
FÓRMULA = I = V / R

domingo, 6 de setembro de 2009

Como mencionamos, os bits representados pelos circuitos digitais variam bastante ao longo do tempo. Por exemplo, em um moderno chip de memória, os bits podem variar mais de 100 milhões de vezes a cada segundo, ora representando 0, ora representando 1. Um diagrama de tempo é um gráfico simplificado que mostra os valores dos bits ao longo do tempo, como o vemos na figura 47.Um diagrama de tempo pode representar um ou vários sinais digitais simultaneamente. Neste caso é usado um único eixo Y, representando o tempo, e vários eixos X independentes, cada um deles representando um sinal digital diferente. Cada sinal digital por sua vez assume valores 0 e 1 ao longo do tempo. O diagrama da figura 47 representa dois sinais digitais. Neste diagrama podemos observar, além dos trechos nos quais o circuito gera bits 0 e 1, um pequeno intervalo de tempo em cada transição de 1 para 0 ou de 0 para 1, representados por trechos inclinados do gráfico. Esta transição deveria ser instantânea, do ponto de vista matemático, mas na prática leva um certo tempo, bastante pequeno, Por exemplo, um chip quegera bits diferentes a cada 10 ns (10 bilionésimos de segundo) pode demorar entre 1 e 2 ns para mudar seu estado de 0 para 1 ou de 1 para 0. Observe ainda que um diagrama de tempo não é a mesma coisa que um gráfico de tensão ao longo do tempo. Um gráfico de tensão ao longo do tempo mostra os valores de tensão existentes em um ponto de um circuito, e não os bits que representam. A figura 48 mostra um exemplo de gráfico de tensão ao longo do tempo, com todas as suas imperfeições. Este tipo de gráfico pode ser visualizado através de um aparelho chamado osciloscópio, usado em laboratórios de eletrônica.No gráfico da figura 48, a tensão começa com um valor baixo, representando um bit 0. No instante T1 começa a transição para representar um bit 1. O gráfico assume um trecho crescente e rápido, mas não se estabiliza imediatamente no seu valor máximo. A tensão atinge momentaneamente um valor máximo, em T2. A seguir reduz oscilando até se estabilizar em um valor definitivo, ou então limitada em uma faixa pequena. Este fenômeno é chamado de overshoot. No instante T3 o overshoot terminou ou foi reduzido a um valor que não afeta os circuitos e a tensão é considerada estabilizada. No instante T4 começa a transição de 1 para 0, que termina em T5. Segue-se um trecho em que a tensão já tem o valor 0, mas ainda não estabilizou no seu valor definitivo. Este trecho é o undershoot, e dura até o instante T6. Existem outras imperfeições mesmo nos trechos em que a tensão está estabilizada há “bastante tempo” em valores Low e High (0 e 1). Essas imperfeições são chamadas de ripple (em português, ruído). São uma espécie de interferência vinda da fonte de alimentação e de circuitos adjacentes. Quando dois circuitos estão próximos, transições binárias em um deles podeirradiar ondas eletromagnéticas que produzem interferências captados pelo outro. Essas interferências também pode chegar da própria fonte de alimentação. Quando um chip faz transições rápidas entre bits 0 e 1, seu consumo de corrente pode variar na mesma velocidade, e a fonte de alimentação, ao tentar suprir esta variação de corrente, pode sofrer uma pequena variação nas suas saídas. É o ripple da fonte de alimentação, que é propagado para todos os demais circuitos. O ripple não pode ser muito acentuado, caso contrário irá comprometer os valores dos bits. Em um circuito digital bem projetado, o overshoot e o undershoot devem assumir proporções não muito exageradas para que não impeçam o correto funcionamento dos chips. Isto é conseguido com o uso de uma fonte de alimentação bem projetada, com capacitores de desacoplamento ao lado de cada chip e utilizando técnicas apropriadas para o traçado das trilhas do circuito impresso da placa. Respeitadas essas condições, o projetista não precisa se precisa se preocupar com o overshoot, com o undershoot nem com o ripple da fonte de alimentação, mas precisa se preocupar com o  tempo gasto nas transições binárias, ou seja, nas mudanças de 0 para 1 e de 1 para 0. Por isso são usados os diagramas de tempo, onde são indicados os trechos inclinados que representam as transições, mas não são mostrados os detalhes como overshoot, undershoot e ripple. Durante o projeto de um circuito digital, o projetista deve inicialmente desenvolver uma fase na qual é levada em conta a qualidade das tensões dos circuitos. O ripple deve ser baixo, assim como o overshoot e o undershoot. Deve ser levado em conta o valor, o tipo e a qualidade dos capacitores de desacoplamento ligados em cada chip. Deve ser levada em conta a qualidade da fonte de alimentação e o traçado das trilhas de circuito da placa. O leitor pode não ser um projetista de placas, mas aqui pode entender como a baixa qualidade da fonte e dos capacitores, aliado a um traçado mal
feito, contribuem para a ocorrência de erros que se manifestam no mau funcionamento do computador.A figura 49 mostra uma outra imperfeição nas tensões de um circuito digital. É o que chamamos de glitch. Trata-se de uma interferência na qual o valor de tensão especificado é momentaneamente alterado no sentido do bit oposto, produzindo uma variação binária indesejável. O glitch pode ocorrer quando o overshoot ou o undershoot são muito exagerados, ou quando um capacitor de desacoplamento está mal dimensionado ou defeituoso, ou mesmo quando existe um erro de projeto. Um circuito digital que recebe na sua entrada uma tensão com glitch vai entendê-lo como uma transição binária que na verdade não existe. O resultado é o mau funcionamento do circuito. Você certamente já viu a palavra glitch no cinema mas talvez não se lembre. No filme Robocop 1 (versão legendada), aquele imenso robô aponta a metralhadora para um funcionário da OCP e diz “Polícia de Detroit, largue a arma, você tem 30 segundos...”. A seguir, mesmo depois que o sujeito joga a arma no chão, o robô avisa: “Você tem 20 segundos.. você tem 10 segundos”, então metralha o infeliz (aliás, que filme ruim...). O responsável pelo robô explica-se ao presidente da empresa: “foi apenas um glitch...”. Depois de garantir que o circuito tem tensões estáveis, com imperfeições mínimas e sem glitch, o projetista passa a uma fase em que leva em conta apenas os valores binários e os períodos de transição. Essas são portanto as informações apresentadas nos diagramas de tempo.A figura 50 mostra alguns símbolos de eventos encontrados em diagramas de tempo:
a) Trigger positivo Este símbolo indica que no instante em que um sinal digital sofre uma transição de 0 para 1, um evento ou mudança em outro sinal digital será ativado.
b) Trigger negativo Similar ao positivo, exceto que o evento é disparado na transição binária de 1 para 0.
c) Retardo entre dois sinais Mostra a dependência temporal entre dois sinais relacionados. É usado quando é informação relevante saber que um determinado sinal será ativado depois de um determinado tempo a partir do qual o primeiro é ativado.
d) Indicação de barramento Para evitar que um diagrama fique muito extenso, podemos agrupar vários sinais relacionados em um único eixo. Usamos para representar, por exemplo, o barramento de dados do processador ou memória, o barramento de endereços, o conjunto de dados que estão trafegando através de uma interface. Não existe interesse em especificar o valor individual de cada um dos sinais digitais. Eles formam um grupo, e alguns deles podem ser 1 e outros serem 0, e o circuito funcionará independentemente dos valores.
e) Mudança de estado em ponto indeterminado Todos os circuitos digitais apresentam pequenas variações, mas os fabricantes sempre especificam valores máximos e mínimos. Por exemplo, um determinado circuito pode apresentar um tempo médio de resposta de 15 ns, mas alguns componentes podem chegar a 10 ns, outros a 20 ns. Em certos casos o projetista precisa compatibilizar seu circuito com componentes maislentos e mais rápidos. Neste caso precisa levar em conta o primeiro instante e  o último instante em que um sinal digital pode ser ativado.
f) Don’t care Significa “não importa”. O sinal digital poderá ter neste período, qualquer valor (obviamente, 0 ou 1), sem afetar o funcionamento do circuito. Por exemplo, se fizermos o diagrama da transmissão de dados por uma interface paralela, este diagrama deve começar indicando o dado que estava presente nas saídas da interface antes de começar a nova transmissão. Neste caso, não importa o dado que existia antes. Fazemos então a sua indicação como “don’t care”.
g) Tristate Este símbolo é usado para representar períodos de tempo nos quais um sinal digital encontra-se em tristate (terceiro estado, ou alta impedância). Como exercício você poderá agora fazer o download de manuais de chips, memórias e processadores, encontrados nos sites dos seus fabricantes, e observar os diagramas de tempo mostrados. Poderá então entender melhor o funcionamento de vários desses chips. Ao longo deste livro usamos vários diagramas de tempo para explicar o funcionamento dos circuitos de um PC.
OBS: Quando um sinal tem valor 1 quando está em repouso e valor 0 quando está ativo, dizemos que é um sinal de lógica negativa. Sinais com esta característica são indicados com um traço horizontal sobre o seu nome, ou então com um símbolo “#” à sua direita, ou um “n” à sua esquerda. Por exemplo, se um sinal RESET é ativo em 0, indicamos como RESET# ou nRESET.
  • 21:18
  • José Rodolfo Salgado (Goga)
  • 1 comment
A microeletrônica consiste em projetar e produzir circuitos utilizando componentes de tamanho microscópico. Usando materias e técnicas apropriadas, é possível contruir transistores, resistores, capacitores, diodos e indutores, cada um deles com tamanhos menores que 1 milésimo de milímetro. Os componentes tradicionais, comprados em forma avulsa no comércio e usados nos circuitos de som, rádio e TV, são chamados de componentes discretos. Um circuito integrado ou chip é um circuito complexo porém de tamanho reduzido. É equivalente ao circuito de uma placa com componentes discretos, mas pelo fato de utilizar componentes integrados microscópicos, seu tamanho total é da ordem de 1 centímetro quadrado, ou mesmo menor.Os componentes de um chip são como se fossem “pintados” na sua minúscula base, chamada substrato. O seu processo de fabricação é entretanto bem mais complexo que uma simples pintura. Trata-se de um processo um pouco químico, um pouco fotográfico, uma difusão de moléculas dentro da base de silício, formando camadas que compõem os circuitos. A maioria dos materiais são divididos em duas categorias: condutores e isolantes. O condutor é um material que tem facilidade em conduzir corrente elétrica. Todos os metais são condutores. Já os isolantes são materiais que dificultam a passagem da corrente elétrica. A borracha é um exemplo típico de isolante, assim como o vidro, madeira, plásticos em geral, etc. Existem entretanto alguns materiais que ora se comportam como condutores, ora como isolantes. São os chamados semicondutores, e os principais deles são o silício e o germânio. A maioria dos transistores e chips utilizam o silício em sua fabricação. O germânio é utilizado em alguns componentes especiais, como transistores para altas freqüências. Para que os semicondutores possam variar sua resistividade, é preciso que lhe sejam adicionados materiais especiais, chamados de dopagem. Existem dopagens tipos N e P (negativa e positiva), e a sua combinação é usada na formação dos transistores, diodos e demais circuitos no interior de um chip.Um chip é formado por sucessivas camadas de materiais diferentes. A base  na qual um chip é construído (substrato) é feita de silício puro, ou seja, sem dopagem. Sobre esta base são aplicadas dopagens sucessivas, formando trechos tipos N e P. Eventuais ligações são feitas com camadas de alumínio ou cobre. Em certos trechos também são usadas camadas de óxidos como isolantes.A figura 52 ilustra o funcionamento de um tipo especial de transistor usado  para formar os chips. Trata-se do transistor MOS. Recebe este nome porque é formado por camadas de metal, óxido e semicondutor (Metal Oxide Semiconductor). Este transitor possui três terminais, chamados de source, drain e gate. O terminal source é ligado à tensão positiva da fonte, através de um resistor. Ele é a saída do circuito, que pode representar bits 0 ou 1. O terminal drain é ligado ao terra, ou seja, o polo negativo da bateria. O terminal de entrada é o gate, e é usado para controlar a corrente que passa entre source e drain. Quando o gate é ligado a uma tensão baixa (bit 0), não passa corrente entre source e drain. Sendo assim, o source terá uma tensão elevada (bit 1), já que fica ligado ao polo positivo da bateria, através de um resistor. Quando o gate é ligado a uma tensão alta (bit 1), passará uma corrente entre source e drain. A resistência entre esses dois pontos será baixa, e a tensão medida no source será próxima de 0 volt. Teremos assim um bit 0 em sua saída. O circuito formado por este transistor e um resistor é o que chamamos de inversor, e é mostrado na figura 53. A operação lógica que realiza é a inversão de bits. Ao ser aplicado um bit 1 na sua entrada, produzirá um bit 0 na saída. Ao ser aplicado um bit 0 na entrada, produzirá um bit 1 na saída.Um fator bastante importante é a medida dos microscópicos transistores que formam os chips, como os mostrados na figura 52. Com o passar dos anos, dimensões cada vez menores têm sido utilizadas. A unidade usada para medir esses transistores é o mícron (símbolo ). Cada mícron é equivalente a um milésimo de milímetro. Os chips modernos apresentam transistores medindo uma fração do mícron. No ano 2001, os processadores modernos usavam tecnologia de 0,18 mícron, e já existiam modelos com a tecnologia de 0,13 mícron. Usar transitores menores significa:
 Menor voltagem
 Menor dissipação de calor
 Menor custo de produção
A tabela que se segue mostra a evolução das tecnologias de fabricação nos últimos anos:
Ano Tecnologia Voltagem
1989 1  5 V
1991 0,8  5 V
1993 0,5  3,3 V
1995 0,35  2,5 V
1997 0,25  1,8 V
1999 0,18  1,5 V
2001 0,13  1,3 V
Não apenas transistores podem ser construídos através de microeletrônica.  Pequenos trechos de semicondutores podem formar resistores. Placas paralelas de metal formam capacitores, e trilhas de metal dispostas em forma espiral formam bobinas. Chips usados em telecomunicações utilizam no seu interior, bobinas e capacitores, além dos transistores e resistores. Chips usados em eletrônica digital (processadores, memórias, chipsets, etc) em geral apresentam apenas transistores e alguns resistores. A figura 55 mostra o trecho ampliado de um chip usado em telecomunicações, onde podemos ver as espirais que formam as bobinas e as grandes áreas que formam os capacitores.Os chips são produzidos em grandes pastilhas circulares de 20 ou 30 cm de  diâmetro chamadas waffers. A indústria tem trabalhado durante os últimos anos com waffers de 20 cm, e apenas em 2001 começaram a ser adotados os waffers de 30 cm, com várias vantagens. Em cada waffer são construídas dezenas ou centenas de chips, como vemos na figura 56. Depois de prontos os chips são separados um dos outros através de corte. São testados e finalmente encapsulados.O processo de encapsulamento consiste em alojar a pastilha do chip em uma  carcaça externa, que pode ser de plástico ou cerâmica. Também é feita a ligação dos seus pontos de contato nos terminais externos (as “perninhas” do chip).
Os circuitos integrados digitais devem ter o menor número possível de resistores. Esses componentes, mesmo no interior dos chips, ocupam áreas muito maiores que os transistores. Além disso produzem maior dissipação de calor e retardos que tornam os chips mais lentos. Por isso os projetistas tentam na medida do possível usar os próprios transistores para substituir os resistores. Daí surgiram os circuitos CMOS (Complementary Metal Oxide Semiconductor). Consiste em utilizar no circuito da figura 53, um segundo transistor no lugar do resistor. Este segundo transistor possui características inversas às do primeiro. São chamados transistores complementares. Um transistor é do tipo NMOS, e o outro é tipo PMOS. Quando um transistor  conduz, o outro não conduz, e vice-versa. O resultado é o mesmo obtido com o uso do resistor, porém ocupando muito menos espaço, consumindo menos energia e com mais velocidade. O arranjo completo é mostrado na figura 57.Este circuito é o inversor, o mais simples dos operadores lógicos. Ele gera um  bit 1 quando recebe um bit 0, e gera um bit 0 quando recebe um bit 1. Outras funções lógicas mais complexas são implementadas com arranjos parecidos. Observe que ambos os transitores possuem seus terminais gate interligados. Quando esta entrada recebe um bit 1, ou seja, um nível de tensão elevado, o transitor inferior conduzirá corrente, e o superior ficará cortado, ou seja, sem conduzir. Isto fará com que a saída fique com tensão baixa, ou seja, um bit 0. Quando a entrada receber um bit 0, o transistor inferior ficará cortado, sem conduzir, e o transistor superior irá conduzir, fazendo com que sua saída fique com uma tensão quase igual à da fonte de alimentação (bit 1). A figura 58 mostra como o par CMOS é construído em
um chip. A maioria dos chips modernos utilizam a tecnologia CMOS. Existem outras tecnologias que são utilizadas em aplicações nas quais o CMOS não pode ser aplicado. Por exemplo, os pares CMOS não são indicados quando é necessário fornecer correntes elevadas, como por exemplo, para alimentar os slots de um barramento. Nesses casos são usados circuitos lógicos TTL, que  consomem mais energia, mas também podem fornecer mais corrente. Muitos chips utilizam internamente células CMOS e externamente apresentam  entradas e saídas TTL.Muitas pessoas ouvem falar em CMOS pela primeira vez ao tomarem contato com o chamado CMOS Setup de placas de CPU. Acabam conhecendo o ”chip CMOS”, no qual existe uma pequena área de memória para armazenar configurações do BIOS da placa de CPU, além de um
relógio permanente. O “chip CMOS” é alimentado por uma bateria que o mantém em funcionamento mesmo quando o computador está desligado. Aqui está um fato curioso: praticamente todos os chips do computador utilizam a tecnologia CMOS. É errado pensar que apenas o popular “chip CMOS” que armazena os dados do Setup e tem o relógio permanente utiliza esta tecnologia.
Toda a eletrônica digital é desenvolvida a partir da criação de circuitos capazes de executar operações lógicas, também chamadas de operações booleanas. Os três principais operadores lógicos são:
E (AND)
Ou (OR)
Não (NOT)
A partir desses operadores, circuitos ainda mais complexos são construídos:
Somadores e Subtratores
Multiplicadores e divisores
Células de memória
Registradores, multiplexadores, decodificadores
etc...
A reunião desses circuitos complexos forma chips bastante sofisticados, como processadores, memórias, chips gráficos, chipsets, etc. Parece incrível que equipamentos tão sofisticados possam ser construídos a partir de circuitos básicos tão simples. Da mesma forma como livros inteiros podem ser feitos a partir de letras e símbolos, e como um planeta inteiro é construído a partir de prótons, elétrons, nêutrons e outras partículas sub-atômicas.Um operador lógico é algo que lembra um pouco um operador aritmético. Na aritmética temos operadores como Adição, Subtração, etc. Da mesma forma como na aritmética temos, por exemplo:
5 + 2 = 7
na lógica temos
1 AND 1 = 1
1 OR 0 = 1
NOT 1 = 0
Inicialmente, vejamos como funcionam os três operadores citados. Eles podem ser definidos através da sua tabela verdade. A seguir temos essas tabelas:
A NOT A A B A AND B A B A OR B
0 1 0 0 0 0 0 0
1 0 0 1 0 0 1 1
1 0 0 1 0 1
1 1 1 1 1 1
Como vemos na tabela, o operador NOT, também chamado de inversor, produz na sua saída o bit inverso daquele recebido na entrada. Ao receber um bit 0, produz um bit 1 em sua saída. Ao receber um bit 1, produz um bit 0. O operador AND possui duas entradas. Sua saída será 1 quando as duas entradas também forem 1, simultaneamente. Quando uma das suas entradas, ou ambas são 0, a saída do operador AND será 0. Já o operador OR produz uma saída 1 quando pelo menos uma das suas entradas tem o valor 1. Apenas quando ambas as entradas são 0, o operador OR dará saída 0. É relativamente fácil produzir circuitos que realizam essas funções, usando transistores, resitores e outros componentes.O circuito mostrado na figura 59 implementa o operador lógico NOT. É formado a partir de um transistor e dois resistores. Este método de construção de circuitos é chamado RTL (Resistor-Transistor Logic). Seu funcionamento é bastante simples. Quando X é um bit 1, a tensão correpondente é um valor alto (porém menor que Vcc, a tensão da fonte de alimentação). Este valor alto faz com que exista uma corrente na base do transistor, que irá conduzir uma corrente elevada entre seus outros terminais. Ao mesmo tempo aparecerá uma baixa tensão (da ordem de 0,3 volts, dependendo do transistor) no seu coletor, que é a saída Y. Temos então um bit 0 na saída. Da mesma forma, quando X é um bit 0, a tensão na entrada do transitor será baixa. O transitor ficará então “cortado”, e praticamente não passará corrente por ele. A tensão na saída Y dependerá apenas do resistor ligado ao ponto Vcc. Teremos assim uma tensão alta em Y, o que corresponde a um bit 1.A figura 60 mostra como é implementado o operador OR usando a lógica RTL. O primeiro transistor vai conduzir corrente quando pelo menos uma das duas entradas, A ou B, estiver com tensão alta (bit 1), ficando assim com um nível 0 no ponto X. Apenas quando ambas as entradas A e B estiverem em 0, o primeiro transistor ficará cortado e teremos um bit 1 no ponto X.Ora, este é exatamente o inverso da função OR. Temos portanto no ponto X um outro operador lógico chamado NOR (ou NOT OR), cuja tabela verdade é:
A B A NOR B
0 0 1
0 1 0
1 0 0
1 1 0
Para que o circuito final tenha uma saída OR, e não NOR, temos que usar mais um inversor, representado pelo segundo transistor e seus dois resistores. A figura 61 mostra o circuito que implementa um operador lógico AND, usando a técnica RTL. O primeiro estágio é formado por dois transistores, sendo que cada um deles tem ligada na sua base, uma das entradas (A ou B) do circuito. Para ter o valor 0 no ponto X é preciso que ambos os transistores estejam conduzindo, o que é conseguido apenas quando ambas as entradas A e B estão em 1. Se uma ou ambas as entradas estiver com o valor 0, o transistor correspondente estará cortado, e não passará corrente através de ambos. Isto fará com que o ponto X fique com o valor 1.Esta é exatamente o função inversa do AND, e é chamada NAND. Sua tabela verdade é:
A B A NAND B
0 0 1
0 1 1
1 0 1
1 1 0
Para que tenhamos na saída do circuito uma função AND, é preciso inverter o sinal presente no ponto X, para isso utilizamos mais um inversor, representado pelo terceiro transistor e seus resistores. Circuitos lógicos como NOT, AND, OR, NAND, NOR e outros operadores, podem ser costruídos utilizando várias técnicas. Mostramos aqui o método RTL, porém existem outras formas de criar circuitos equivalentes, como:
DTL: Diode-Transistor Logic
ECL: Emitter Coupled Logic
TTL: Transistor-Transistor Logic
CMOS: Complementary Metal Oxide Semiconductor Logic
As técnicas mais utilizadas são a TTL, para chips mais simples, e CMOS para chips mais complexos.
Quando projetamos ou analisamos circuitos lógicos, não nos preocupamos com detalhes internos, como seus transistores, diodos e resistores. Levamos em conta apenas as entradas e saídas. Nos diagramas de circuitos digitais, desenhamos apenas os símbolos dos circuitos que implementam as funções lógicas. Chamamos esses circuitos de portas lógicas. A figbura 62 mostra os símbolos das principais portas lógicas.Nesta mesma figura apresentamos também as portas lógicas XOR (eXclusive OR – “ou exclusivo”) e XNOR (eXclusive NOR). A função XOR tem uma tabela verdade bastante parecida com a da função OR. Seu significado é o seguinte: o bit de saída será ligado se um dos bits de entrada estiver ligado, mas não ambos ao mesmo tempo. Portanto a única diferença entre as
funções OR e XOR é que:
1 OR 1 = 1
1 XOR 1 = 0
 
A B A XOR B A B A XNOR B
0 0 0 0 0 1
0 1 1 0 1 0
1 0 1 1 0 0
1 1 0 1 1 1
Motramos também acima a tabela verdade do operador XNOR, que é o inverso do operador XOR. Observe que a função XNOR funciona como um comparador. Seu resultado é 1 quando os dois bits de entrada são iguais, e 0 quando os dois bits de entrada são diferentes.
A construção de circuitos lógicos complexos é uma simples questão de agrupar essas portas básicas, produzindo funções mais elaboradas. A figura 63, por exemplo, mostra o circuito de um comparador binário. Este circuito faz a comparação de dois valores binários de 4 bits cada um. A saída do circuito será 1 quando os dois valores binários de 4 bits presentes nas entradas forem iguais. Digamos que esses valores sejam representados por A3A2A1A0 e B3B2B1B0. A saída Y do circuito será ativada em 1 quando tivermos iguais esses valores. Por exemplo A=0110 e B=0110. Este tipo de circuito é muito utilizado como decodificador de endereços nas placas de CPU e nas placas de expansão. Os valores do endereço A podem ser originados no barramento de endereços do processador, e os valores de B são originados em um grupo de microchaves ou jumpers, que dependendo da forma como são configurados, podem indicar bits 0 ou 1. O circuito comparador irá ativar sua saída em 1 quando o endereço recebido for igual ao endereço definido pelas microchaves ou jumpers. Obviamente para isto é necessário um comparador maior, operando com maior númeor de bits, mas seu princípio de funcionamento é o mesmo.Utilizando um número maior de portas lógicas, podemos formar circuitos mais complexos. A figura 64 mostra o circuito de um contador binário de 4 bits. Este circuito recebe um sinal de clock e gera nas suas 4 saídas, números binários na seqüência 0000, 0001, 0010, etc. Pode ser programado para contar no modo decimal, ou seja, passando de 9 (1001) para 0 (0000), ou então no formato hexadecimal, passando de F (1111) para 0 (0000). Gera ainda um bit de “vai 1” e pode ser agrupado com outros circuitos iguais, formando assim contadores com qualquer número de dígitos. Pode ainda ser programado para fazer contagem crescente ou decrescente.Um projetista de hardware pode obter circuitos digitais de várias formas. A mais simples é utilizando chips padrões de mercado, que normalmente apresentam encapsulamentos como os da figura 65. Os encapsulamentos mostrados na figura são o DIP (Dual In-Line Package) e SOIC (Small Outline Integrated Circuit). Existem circuitos com portas AND, OR, NOR, NAND, inversores, e funções mais complexas mas de uso comum, como decodificadores, comparadores, contadores, registradores, etc.Nos manuais dos chips que contém circuitos lógicos básicos, encontramos diagramas que indicam o que existe no seu interior, como nos exemplos da figura 66. Os chips deste exemplo têm o seguinte conteúdo:

4 portas NAND de 2 entradas
3 portas AND de 3 entradas
4 portas AND de 2 entradas
2 portas NAND de 4 entradas
4 portas XOR de 2 entradas
1 porta NAND de 8 entradas
4 portas NOR de 2 entradas
4 portas OR de 2 enrtadas
6 inversores (portas NOT)
 
Ao projetar um circuito digital, usamos iniciamente as portas necessárias para implemenetar a função desejada. Depois contamos quantas portas de cada tipo são necessárias. Finalmente escolhemos os chips apropriados que contenham as portas desejadas, e finalmente realizamos as ligações entre os pinos desses chips.A figura 67 mostra o diagrama interno do chip 74LS181. Este chip é uma unidade lógica e aritmética de 4 bits, capaz de realizar 16 operações lógicas e aritméticas, entre adição, subtração, AND, OR, etc. Vários chips desses podem ser ligados em cascata para formar unidades com maior número de bits. Este chip tem pouco mais de 60 portas lógicas. Em um microprocessador existem vários milhões de portas lógicas, executando entre outras, funções como as deste chip, porém com maior número de bits. Como este capítulo destina-se apenas a dar noções sobre eletrônica, não vamos analisar o funcionamento do circuito, mas acredite, ele realmente soma, subtrai e faz várias outras operações. Desta forma podemos entender como as portas lógicas podem ser interligadas para formar um computador.
  • 13:03
  • José Rodolfo Salgado (Goga)
  • 1 comment
Para construir um computador, não basta utilizar operadores lógicos e aritméticos. É preciso também ter memória, uma característica fundamental dos circuitos digitais. Células de memória podem ser facilmente construídas a partir do diagrama básico mostrado na figura 68. Este circuito é chamado de FLIP FLOP. Suas duas entradas R e S devem permanecer com valores 1. Para armazenar um bit 1 na célula, basta aplicar momentaneamente um bit 0 na entrada S (Set). Para armazenar um bit 0 na célula, basta aplicar momentaneamente um bit 0 na entrada R (Reset). Vejamos como isto ocorre, detalhadamente.
a) Suponha que as entradas estejam em repouso, ou seja, R=1 e S=1.
b) Aplicamos momentaneamente um bit 0 em S. A porta NAND ligada em S, ao receber 0 nesta entrada, produzirá uma saída Y=1 (lembre-se da tabela verdade da função NAND: se pelo menos uma das entradas é 0, a saída é 1).
c) A porta 2 está então recebendo as entradas R=1 e Y=1 (note que a saída Y do circuito funciona como entrada da porta 2). Como 1 NAND 1 = 0, teremos uma saída X=0 na saída da porta 2. Este zero, ao entrar na porta 1, continuará produzindo saída Y=1, e agora isto independe do valor de S, já que 0 NAND 0 = 1 e 0 NAND 1 =1.
d) Agora a entrada S pode voltar ao seu valor de repouso 1, e a saída Y continuará sendo mantida em 1. Temos então um bit 1 armazenado. Da mesma forma, o circuito também pode armazenar um bit 0, bastando
manter S em 1, e momentaneamente levando a entrada R ao valor 0. O que ocorre é o seguinte:
a) Ao receber uma entrada 0 em R, a porta 2 produzirá uma saída X=1. A porta 1 está recebendo neste momento, X=1 e S=1. Portanto temos Y = 1 NAND 1, que vale 0.
b) O valor Y=0 chega à entrada da porta 2. Como 0 NAND (qualquer coisa) vale 1, teremos X=1, independentemente do valor de R, que agora pode voltar ao seu estado de respouso, ou seja, com valor 1.
c) A porta 1 está recebendo as entradas X=1 e S=1. Como 1 NAND 1 = 0, mais uma vez temos reforçado o bit 0 na saída Y.
d) As entradas R e S podem voltar aos seus valores de repouso (R=1 e S=1) e o circuito manterá armazenado um bit Y=0. É um circuito extremamente simples, mas é realmente uma surpresa a sua capacidade de “lembrar” um bit. Circuitos como este são agrupados até formar células de memória com muitos bits. Milhões dessas células são encontradas em um chip de memória, formando vários megabytes.
O método mais simples para projetar circuitos lógicos é utilizar chips básicos como os mostrados na figura 66. Este é um método indicado para a construção de protótipos ou projetos de pequena complexidade. Para produção profissional entretanto, é preciso utilizar métodos mais eficientes. Circuitos lógicos de média complexidade tornam-se muito grandes quando utilizamos chips básicos. Uma solução para esses casos é utilizar microcontroladores. Esses chips são microprocessadores que possuem em seu interior, uma unidade de processamento, memória ROM, RAM e circuitos de apoio. Quando o circuito a ser projetado não precisa ser extremamente veloz (por exemplo, uma placa lógica para controlar uma máquina de refrigerantes, ou máquina de lavar, ou o painel de controle de um videocassete), a melhor solução não é construir um circuito, e sim um programa que receba as entradas e gere as saídas. Quando o circuito a ser criado precisa ser muito veloz, os microcontroladores tornam-se ineficientes. Uma solução bastante viável é utilizar chips programáveis. Esses chips possuem em seu interior, um grande número de portas lógicas. Através de um programa de CAD, criamos o circuito com o auxílio de um PC e simulamos o seu funcionamento. Terminado o projeto, o circuito é “gravado” no chip programável. Esta programação consiste em definir as conexões que são realizadas entre os módulos internos do chip programável. Tais chips programáveis são chamados de PLD (programmable logic devices) e EPLD (eraseable programmable logic devices). Os dois principais fabricantes desses produtos são a Altera (www.altera.com) e Xilinx (http://www.xilinx.com/). Utilizando PLDs e EPLDs, projetos complexos podem ser criados em pouco tempo, e ficam extremamente compactos. Até mesmo a produção em série pode ser feita, em pequena escala. Quando a escala de produção é maior e os custos finais do produto precisam ser reduzidos, a melhor coisa a fazer é projetar chips novos. O projeto de chips é feito através de programas especiais de CAD. Definimos os circuitos lógicos a serem utilizados e simulamos o funcionamento do circuito final, tudo através de um PC. Terminado o projeto, o programa de CAD irá gerar arquivos de impressão, que transferidos para um equipamento apropriado, irão resultar em fotolitos. Esses fotolitos são levadas a uma máquina de produção de chips, que podem então ser produzidos aos milhares, com baixo custo unitário de produção. Todo este equipamento é muito caro, e até mesmo a contratação de empresas especializadas tem custo elevado, e só compensa quando os chips são produzidos aos milhares.

TEMPO E TEMPERATURA

Sample Text

oi

Popular Posts